Uma estreia para André Valente mais tarde recordar

O resultado salta à vista quando se olha para o que foi jogado na ronda inaugural da 1.ª Divisão Distrital de futsal. A PARC venceu, fora de portas, o Atlético do Luso por 14-1, resultado para o qual André Valente contribuiu com quatro remates certeiros. “Deixámos já um aviso de que viemos para fazer coisas bonitas”, atira o ala, que começou no hóquei em patins, experimentou o futebol e se apaixonou pelo futsal.

Para o jovem, de 23 anos, o desnível no marcador é “fruto de uma boa pré-época”, que acelerou a integração dos vários reforços que chegaram ao clube ao longo do último verão. Até por isso, o plantel “não estava à espera” de um resultado tão volumoso logo a abrir o campeonato, mas André Valente acredita que a equipa não se vai perder em deslumbramentos: “Já conversámos, percebemos que fizemos um bom jogo, mas temos de continuar a encarar todos os jogos da mesma maneira, como fizemos neste”.

Dificilmente André Valente poderia ter idealizado a estreia enquanto sénior com tamanho protagonismo. O “póquer” obtido frente ao Atlético do Luso atirou-o para a liderança dos artilheiros da 1.ª Divisão Distrital, mas o ala prefere manter os pés bem assentes no chão. “É a minha primeira época como sénior, não quero criar muitas expetativas”, assume, ele que prefere dar ênfase aos objetivos coletivos.

“Gostava que a PARC fizesse uma boa época”, o que implica “andar pelos lugares de cima da tabela e roubar muitos pontos aos primeiros”. “Se der para ficar nos quatro ou cinco primeiros lugares já era bom”, avalia, até porque espera “um campeonato muito equilibrado”.

Hoje, André Valente brilha nas quadras de futsal, mas esse não foi o seu primeiro amor no desporto. Durante nove anos, praticou hóquei em patins no Académico da Feira, de onde saiu para o Feirense, naquela que foi a sua única experiência no futebol. “As coisas não correram muito bem, e acabei por optar pelo futsal. Fui aprendendo e gostando”, de tal modo que ajudou a Juventude de Fiães a sagrar-se campeã distrital de juniores, em 2013.

Atualmente, divide os dias entre a paixão pelo futsal e o trabalho como operador de linha, numa empresa em Ovar. “No ano passado trabalhava na hotelaria, mas como sempre gostei de jogar futsal tive de trocar de emprego para conseguir arranjar um horário compatível com os treinos e os jogos. Esta época, consegui-o”. Há que definir prioridades, de facto.

Fotografia
PARC - Pindelo Associação Recreativa e Cultural

25 de Outubro de 2018
Rui Santos
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