Em 2018, Daniel Vilarinho despedia-se, no Atómicos, de uma carreira recheada de conquistas no futsal aveirense. Passou diretamente para os bancos, chegou a orientar o Domus Nostra na 2.ª Divisão Nacional, mas ainda havia “uma pedra no sapato” por aliviar, o facto de “não acabar a carreira no Gafanha”. Com o falecimento do pai, Jorge Vilarinho, no ano passado, decidiu voltar para um ano de homenagem “à vida desportiva” do progenitor.

Esse legado é algo que tanto o jogador, como o GD Gafanha, pretendem ajudar a perservar. Foi criado um torneio, que se pretende que seja anual, e uma academia, “única no país por ser vocacionada para a felicidade das crianças”, com o nome de Jorge Vilarinho, uma figura incontornável da história do futsal em Aveiro.

Honrá-la foi a principal motivação de Daniel para voltar ao ativo, aos 35 anos, ele que não esconde o desejo que sempre teve de terminar a carreira nos gafanhenses. O seu plano passa por cumprir a atual temporada, para depois “continuar com a academia e deixar a bola”.

No ano de despedida, o universal tem sido uma das figuras do GD Gafanha, que procura subir uns degraus na zona Sul do Campeonato Grande Hotel de Luso.

No último fim de semana, frente à ARCA, a equipa da Gafanha colocou um ponto final numa série de quatro jornadas consecutivas sem vencer. “O que mudou? Finalizámos mais vezes e melhor. Por estranho que possa parecer, éramos últimos, mas também a melhor defesa. Só que também éramos o pior ataque, e isso tem custado pontos”, refere. Juntam-se a isso as muitas lesões que têm assolado o plantel, realidade que tem dificultado “o entrosamento entre os atletas, por se estar sempre a mudar”.

Quebrada a malapata de resultados, Daniel Vilarinho acredita que este pode ser um momento de viragem para o GD Gafanha. “Quando há uma vitória, a malta ganha uma lufada de ar fresco e passa a acreditar que pode fazer mais. O campeonato está extremamente equilibrado e não estamos assim tão longe dos lugares de acesso à fase seguinte”, remata.