Foi um dos jogos mais emocionantes da segunda jornada da 1.ª Divisão Distrital, e acabou por ter um herói improvável. Tomé, um ala que gosta de “pôr a equipa a jogar e não tanto de aparecer em situações de finalização”, apontou três golos no triunfo da Casa do Povo de Esgueira frente à PARC (5-4), o último dos quais muito perto do fim. Desde 2006 no clube, o atleta, que também é treinador e vogal na Direção, pensa em passar toda a carreira numa instituição que lhe diz muito.

A estreia a vencer do emblema de Esgueira na atual edição da 1.ª Divisão Distrital teve emoção e muito suspense até final. Os locais estiveram na frente até à entrada do último minuto, quando Marco Santos fez o 4-4 para a PARC. “A mentalidade foi forte, e mesmo sofrendo o empate a poucos segundos do fim, que foi uma machadada forte, conseguimos ir à procura da vitória. Felizmente, conseguimos”, explica Tomé, autor do golo do triunfo, o seu terceiro no jogo.

“Se me perguntar se estava à espera, a verdade é que não estava”, confessa o ala, que se define como “um jogador de equilíbrios, que gosta mais de pôr a equipa a jogar”. No entanto, o atleta mostra-se “feliz por ter ajudado à vitória, que foi o mais importante”, até porque o campeonato se prevê equilibrado. O objetivo da Casa do Povo de Esgueira volta a ser a manutenção, “o mais depressa possível”.

Aos 27 anos, Tomé é uma autêntica instituição no clube. Chegou para os juvenis, em 2006, e nunca mais saiu. “Será até ao fim”, admite, até porque gosta do emblema de Esgueira, no qual desempenha ainda as funções de treinador dos traquinas e de vogal da Direção. No futuro próximo, o ala espera continuar a fazer o que mais gosta, mesmo que, por vezes, seja difícil acompanhar o ritmo dos mais novos. “Cheguei a dar treinos nos infantis, e eles subiram a seniores na época passada. Por vezes, digo-lhes que começo a ter dificuldade em correr atrás deles, mas ainda dou conta do recado”. A experiência é mesmo um posto.