Rui Ferreira: "Provavelmente, esta é a batalha mais difícil das nossas vidas"

O patrão de Rui Ferreira chega a dizer-lhe, em tom de brincadeira, que ele está a ficar maluco. “Embora tenhamos todos os cuidados, usemos máscaras e lavemos as mãos muitas vezes, a verdade é que mexemos em muitas coisas várias vezes. Então, sempre que pego num saco, vou logo lavar as mãos. Até comprei um álcool só para mim”, conta o ala da ADF Fiães, o melhor marcador da Liga Census, que tem razões de sobra para ser tão cuidadoso.

A mãe é doente oncológica, o que o obriga a ter “o máximo de cuidado” no final de cada jornada de trabalho. “Mal entro em casa, tiro as sapatilhas e a roupa e desinfeto as mãos. Tentamos ao máximo que ela esteja isolada e não faça nada, porque todo o cuidado é pouco”, explica o jovem, de 22 anos, que confessa lidar um bocadinho mal com a atual situação de isolamento social.

“A minha rotina tinha todos os dias futsal. Agora tiraram-me isso, é complicado”, admite, ele que, nos momentos de maior aperto, vai dar uma corrida para arejar as ideias. Ainda assim, Rui Ferreira sabe que não há alternativa ao atual plano de confinamento e apela “a todas as pessoas para ficarem em casa e evitarem ao máximo o contacto”. “Esta é uma batalha muito difícil. Provavelmente, é a mais difícil das nossas vidas. Temos de ser um só e lutar para a vencer”, acrescenta.

Entretanto, começam a surgir as primeiras notícias sobre a descoberta de vacinas e tratamentos que poderão combater a Covid-19. São mensagens de esperança, que nos reconfortam, mas que não nos devem fazer baixar a guarda. “Isto vai ficar nas nossas memórias”, acredita Rui Ferreira.

29 de Março de 2020
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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