O sonho, a espinha encravada e a experiência encantadora de Diogo Careca no Praiense

A quarta eliminatória da Taça de Portugal ditou o adeus de Feirense e Arouca, os últimos resistentes aveirenses na competição, mas o distrito continua bem representado dentro das quatro linhas. Diogo Careca é exemplo disso, ele que ajudou os açorianos do Praiense a apurarem-se para os oitavos de final da prova, após eliminarem o Vilafranquense (3-2 após prolongamento). Agora, que venha um 'grande', o que seria “um prémio para as pessoas dos Açores”.

O defesa central, natural de Santa Maria da Feira, é um dos indiscutíveis no Praiense de Francisco Agatão, e foi um dos heróis de uma eliminatória rasgadinha, apenas decidida num prolongamento impróprio para cardíacos. “Foi um jogo complicado, entre duas boas equipas. Entrámos a ganhar, mas eles conseguiram o empate. Na segunda parte, equilibrámos melhor as coisas, mas depois fomos a prolongamento, no qual fomos mais felizes”. Definindo feliz, o Vilafranquense adiantou-se aos 6 minutos do tempo extra, mas David e Magina deram a volta em apenas quatro minutos.

A vitória vale um lugar na história do Praiense, que apenas por uma vez havia atingido os oitavos de final da Taça de Portugal, no longínquo ano de 1971. Agora, o ideal seria que o sorteio colocasse na rota dos açorianos “um 'grande' ou uma equipa do nosso escalão, para tentarmos passar mais uma eliminatória”, atira Diogo, para quem a visita de um 'grande' seria “um prémio para as pessoas dos Açores, que também merecem”.

Aos 28 anos, o central, formado no Arrifanense, cumpre a terceira época nos Encarnados da Praia. “Está tudo a correr muito bem. Vim um bocado às escuras, mas fui bem recebido desde o primeiro dia. Trabalho com pessoas sérias, dignas e humildes, e estou a gostar muito da experiência”, explica. A nível desportivo, o plantel procura superar o trauma da ponta final da época passada, na qual o Praiense ficou às portas da subida à 2.ª Liga. “É uma espinha encravada”, admite Diogo, que não nega que o objetivo passa por “tentar esse feito este ano”.

Mesmo com o Atlântico a separá-lo de casa, o central, que já passou por Cesarense, Valecambrense, Bustelo e Sanjoanense, não perde pitada do que se vai passando no Campeonato Safina. “Vou ver os resultados todas as semanas”, atira, enquanto fala de “um campeonato muito competitivo”, com “equipas como o Lourosa, o Beira-Mar, o U. Lamas ou o Pampilhosa, que vão estar até à última a lutar pela subida de divisão”.

Fotografia
Mário Picanço Ataide

21 de Novembro de 2017
Rui Santos
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