O melhor golo da carreira e a baliza talismã de Diogo André

Há quem ande uma carreira inteira à espreita de um golo do meio-campo, mas Diogo André já vai no segundo, ambos no mesmo estádio e na mesma baliza. O do último domingo, com a camisola da LAAC, “foi o melhor da carreira”, confessa o avançado, que aos 32 anos só pensa em continuar a fazer o que mais gosta, jogar futebol. “Se não tiver lesões, espero que seja ainda por alguns anos”.

Após terem visto o golo, houve amigos que o chamaram de “maluco”, e, pesando bem o termo, compreende-se o porquê. Quando ainda estava a um bom par de metros de atingir a linha do meio-campo, Diogo recebeu a bola de Allan e, numa fração de segundos, percebeu que “o Joca era o único companheiro” que estava no ataque e que “o guarda-redes adversário estava adiantado”. Sem cerimónia, arriscou o remate dali e fez um golaço. “Tinha a intenção de fazer aquilo, mas tive uma pontinha de sorte”, lá admite.

Naquele momento, Diogo André terá vivido uma sensação de “dejá-vu”. É que, há três anos, no mesmo estádio e na mesma baliza, o avançado já havia marcado um golo do meio-campo, então com a camisola do SC Vista Alegre. “É um local talismã”, anui, enquanto recorda os dois golos. “Não é todos os dias que se marca desta forma. Às vezes, ao longo de uma carreira inteira não se consegue”, constata.

O futebol tem-lhe permitido viver momentos únicos, mas Diogo também já sofreu bastante por ele. Com 18 anos, esteve a treinar, durante uma semana, com o plantel do Paços de Ferreira, mas acabaria por regressar ao Anadia FC após o período experimental. Pouco tempo depois, acabaria suspenso do futebol por um ano e meio. “Num ano estive lá em cima, no outro fiquei sem jogar”, lamenta.

Aqueles foram “tempos frustrantes” para Diogo André. Largou o futebol e dedicou-se às lides profissionais, até que chegou o convite do FC Pampilhosa para regressar aos relvados. “Durante essa fase, a minha esposa deu-me muito apoio e foi a primeira pessoa a dar-me força para voltar”, conta.

Foi-se o sonho de chegar ao futebol profissional, mas não a paixão pelo jogo. Hoje, motiva-o poder “ajudar os mais novos” e “alcançar os objetivos” no clube que representa. “Agora é olhar em frente”, diz, esperançado em prolongar a carreira por mais alguns anos. “O que me faz andar no futebol é o amor que tenho pelo desporto”. Isso, Diogo, é tudo o que ele pede em troca.

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30 de Setembro de 2021
Rui Santos
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