"O Mealhada merece estar no Campeonato Safina"
No jogo em que os extremos do Campeonato Safina se tocaram, o empate a três golos entre Mealhada e Esmoriz demonstrou a competitividade da prova e, ao mesmo tempo, lançou o sinal de que, no sul do distrito, ninguém baixa os braços: “O grupo está muito unido, e esse vai ser o nosso trunfo. Juntos, vamos lutar pela manutenção até quando for matematicamente possível”.

Quem o diz é Marcos Castanheira, avançado formado no rival Anadia mas que, enquanto sénior, só conheceu as cores verdes da camisola do Mealhada. Diz ter-se apaixonado pelo clube, de tal forma que nenhum dos muitos convites que recebeu ao longo das últimas temporadas o fez abandonar o barco.

“Não temos retribuição monetária, mas as pessoas não nos deixam faltar nada e fazem-nos sentir em casa. É uma segunda família”, confessa.


Depois de ter sido o artilheiro da equipa em 2015/2016, na campanha que guiou o clube de volta ao Campeonato Safina, Marcos está a sentir o upgrade competitivo que encontrou este ano. “É muito mais difícil” marcar, confessa, pois, pela frente, tem encontrado “equipas muito mais organizadas, com jogadores muito fortes”, o que o leva a admitir que “há muitas equipas neste campeonato que, no Campeonato de Portugal, fariam boa figura”.

Já o seu Mealhada, só no último fim de semana somou o primeiro ponto da época. “Este campeonato é muito mais competitivo do que nos últimos anos, mas estar dez jogos sem pontuar também não se justifica. O azar também nos tramou muitas vezes, mas continuamos sempre a trabalhar”, recorda o avançado.

A atitude positiva perante as dificuldades deu forças à equipa para encarar o líder Esmoriz olhos nos olhos. “Entrámos em campo acreditando que era possível”, e foi. O Mealhada esteve em vantagem por três ocasiões, mas permitiu em todas elas o empate ao adversário.

“Conseguimos um ponto e estivemos muito perto de conseguir a vitória”, lembra Marcos Castanheira, que admite ter ficado “um sabor amargo por termos tido a oportunidade de fazer o 4-3 perto do final, e por o Esmoriz ter empatado já perto da compensação”.


“Três pontos era bem melhor do que um”, realça, mas o empate “contra o líder destacado do campeonato” fará “com que as outras equipas olhem para o Mealhada de maneira diferente”, completa o avançado.


O ponto conquistado diante do Esmoriz dá alento ao Mealhada na luta pela manutenção. Apesar do atraso pontual para os adversários, Marcos lembra que “ainda faltam muitos jogos” e que, “no futebol, tudo pode acontecer”. “O Mealhada é um clube grande, com muita história e merece estar no Campeonato Safina”, completa o artilheiro.

Fotografia
Diogo Pereira
29 de Novembro de 2016
Rui Santos
ruisantos@afatv.pt
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