O legado de Pedras chegou o Campeonato SABSEG e o SC Espinho já beneficia dos seus golos

Para os entusiastas do futebol português o nome Pedras será sempre sinónimo de golos, um legado construído por Sérgio Silva, para sempre Pedras no mundo da bola, no início deste milénio que o sobrinho, Diogo, faz por dar continuidade. A estreia a vencer do SC Espinho no Campeonato SABSEG contou com dois golos seus, os primeiros com a camisola dos 'tigres', num jogo decidido “no detalhe”.

Às segundas-feiras, sempre que o tio Sérgio vê os seus jogos, o ritual repete-se. “Encontramo-nos e ele diz-me o que fiz de errado e explica-me a melhor forma para poder melhorar”, conta Diogo, que ouve os conselhos sempre de forma atenta, ou não viessem eles de um 'expert' pelo golo.

Pedras, epíteto que ganhou às custas de uma personagem de uma novela brasileira da década de 1980, foi um avançado profícuo no início deste milénio. Fez parte da equipa do Leixões que, em 2002, chegou à final da Taça de Portugal, perdida para o Sporting, e marcou um golo pelo emblema matosinhense nas pré-eliminatórias de acesso à Taça UEFA, no ano seguinte. Diogo, seu sobrinho, tem-se revelado um digno herdeiro do apelido goleador e, no horizonte, já se antevê um sucessor nesta linhagem de artilheiros. “O meu primo (Martim) está nos Sub-17 do Boavista e já no ano passado fez bastantes golos. Que continue a trabalhar para conseguir atingir os seus objetivos”, conta o avançado, de 29 anos, que frequenta um mestrado em gestão desportiva e dá uma mãozinha no café do pai.

Em estreia no Campeonato SABSEG, Diogo Pedras marcou pela primeira vez com a camisola do SC Espinho, logo por duas vezes, no triunfo por 4-0 frente ao Águeda, clube que representou na temporada de 2018/2019. “Tínhamos um grupo forte e guardo amigos dessa altura”, confessa, entre eles “o senhor que tratava da roupa e do material”, que reencontrou no último domingo. “Ele lembrava-se de mim. Às vezes, como chegava um bocadinho mais cedo, eu fazia-lhe companhia quando ele estava a tirar o material”, recorda o jogador.

O jogo, esse, foi bem mais equilibrado do que o resultado aparenta. “Sabíamos que ia ser um jogo bastante complicado, porque o Águeda tem uma boa equipa, pratica bom futebol e tem bons jogadores. Tudo ia ser definido no detalhe”, explica Diogo Pedras, e o lance que valeu o 1-0 é disso exemplo.

Enquanto Rafa era assistido, após ter sido derrubado no interior da grande área aguedense, Pedras pegou na bola apenas “para distrair e tirar alguma pressão a quem fosse bater” o penálti. “Esperava que o meu colega que estava a ser assistido ficasse para lhe dar a bola. Como foi ele que sofreu a falta, poderia querer bater”, mas a recuperação foi mais demorada que o previsto e Diogo assumiu a execução da grande penalidade. “É para isso que serve esta mentalidade de não ter medo de arriscar, de ter de assumir quando é preciso”, vinca.

A partir daí, o SC Espinho partiu para um triunfo expressivo, o primeiro da temporada. “Os dois primeiros jogos até foram mais bem conseguidos a nível futebolístico, mas neste conseguimos a vitória por termos tido uma vontade maior de querer ganhar e pela eficácia”, acredita Pedras, que exalta o apoio vindo das bancadas: “Mesmo quando empatámos disseram que iam estar sempre lá para nos apoiar. O Espinho é um clube histórico, com muitos adeptos. Eles fazem a diferença”.

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28 de Setembro de 2023
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