A Associação de Futebol de Aveiro (AFA) foi uma das cinco associações distritais a assinar, ontem, no Museu Nacional do Desporto, o memorando de introdução do Cartão Branco, que visa promover o fair-play no desporto. A medida, que se insere no Plano Nacional de Ética no Desporto do IPDJ, em parceria com a Confederação das Associações de Árbitros e Juízes de Portugal e a Coca-Cola, já havia sido anunciada pela AFA ainda antes do arranque da temporada 2016/2017.

"O Cartão Branco é uma forma de o árbitro valorizar aquilo que são os bons comportamentos e os valores positivos do desporto", referiu o árbitro internacional João Capela, durante a cerimónia de assinatura do memorando, na qual foram apresentados alguns resultados da utilização deste cartão em projetos-piloto.

Arménio Pinho foi um dos líderes associativos presentes no evento, que reforça a posição pioneira de Portugal no campo da defesa do fair-play no desporto. A iniciativa pretende "criar bases para se apresentar um projeto ao International Board", acrescentou João Capela.

A ideia de introduzir um Cartão Branco no futebol surgiu em 2014, pelo então presidente da FIFA, Michel Platini. No entanto, o objetivo inicial da medida visava excluir do jogo, durante um período de dez minutos, um jogador que contestasse uma determinada decisão de um árbitro.

O conceito evoluiu até à intenção de "valorizar as manifestações e actos de grande fair-play praticados por agentes desportivos, desde jogadores, treinadores, dirigentes, entre outros diretamente envolvidos no jogo, podendo, inclusivamente, ser mostrado a espetadores", tal como explicou a AFA quando anunciou a implementação da medida.

Para além do futebol, o Cartão Branco irá, igualmente, ser aplicado pelas Federações de andebol, basquetebol, corfebol, patinagem, râguebi, ténis de mesa e voleibol. 

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Associação de Futebol de Aveiro