"Gosto mais de assistir do que marcar"
Para Salvaterra, o futsal é muito mais do que um desporto. A bola é a sua melhor amiga desde que se conhece, e a relação entre ambos está para durar. Rookie em Aveiro, depois de uma carreira construída no Porto, leva oito golos com a camisola do Sp. Silvalde neste arranque de temporada, ele que é um autêntico pé quente por onde passa: nos últimos quatro anos, subiu três vezes de divisão.

Na última jornada da 1.ª Divisão Distrital, ninguém marcou tanto como ele. O “hat-trick” ao PARC ajudou os espinhenses a vencer por 6-1, embora admita que gosta “mais de assistir os companheiros do que marcar”.

Foi mais um capítulo num arranque de temporada em grande, para Salvaterra e para o Sp. Silvalde, que é terceiro classificado da 1.ª Divisão Distrital. O plantel sofreu uma reformulação profunda, que abrangeu o banco. O técnico Nélson Costa chegou do Santa Isabel, e com ele trouxe três reforços, entre os quais Salvaterra.

“O convite foi bom. O mister já me conhecia, e eu gosto da maneira dele de trabalhar. Estava muito bem no Santa Isabel, mas queria experimentar uma coisa nova”, conta o atleta, que encontrou em Silvalde “muito boas pessoas”. “Não nos falta nada. Temos que retribuir, dando tudo em todos os jogos”, completa.


O início da primeira aventura para lá das fronteiras do Porto “está a correr bem”. “Estamos com mais vitórias do que derrotas”, explica, ainda que preferisse ter “só vitórias, porque queremos ganhar sempre”.

Futsal não foi amor logo correspondido
Aos 23 anos, Salvaterra encara o futuro com ambição. “O meu objetivo é chegar lá acima. Já tenho esse sonho há algum tempo. Sei que é muito difícil, mas esta época sinto que já estou a trabalhar mais para isso”, diz.

Hoje, o futsal é parte integrante do seu quotidiano, mas nem sempre foi assim. Dos cinco aos 16 anos, jogou futebol pelo Avintes. Começou a defesa direito mas, com o passar do tempo, foi subindo no terreno até se fixar como ponta de lança.

Pelo meio, ia jogando futsal com os amigos, um hobby que foi ganhando contornos mais sérios, ao ponto de ter tentado a sua sorte no Modicus, onde realizou um treino experimental quando era iniciado, mas acabou por não passar no teste.

Salvaterra não foi em depressões, continuou a fazer o que mais gostava e acabou por ter a sua chance no clube do Sandim poucos anos depois. “A meio da época de júnior, tive a oportunidade de ir treinar outra vez ao Modicus e acabei por ficar. Fiz uma época e meia lá”, conta.

Seguiu-se o Oliveira do Douro, onde subiu da 2.ª para a 1.ª Divisão Distrital do Porto. Dali, saltou para o Santa Isabel, emblema que defendeu nas últimas três épocas. Nas duas primeiras, ajudou a duas promoções consecutivas, com o clube a passar da 2.ª para a Divisão de Honra portuense, na qual se manteve na época anterior.

Um craque obcecado em melhorar
Habituado a lutar pelo sucesso, Salvaterra desde cedo percebeu que só com muito trabalho poderia atingir o nível que almejava. Em miúdo, isolava-se para calibrar o pé esquerdo com remates contra uma parede.

Mais recentemente, no Santa Isabel, prolongava os treinos para praticar a execução de livres de dez metros e de penáltis, um trabalho que vem dando os seus frutos. “Daí a minha visão de jogo e o facto de definir as bolas paradas”, refere.

Fotografia
Diogo Pereira
25 de Novembro de 2016
Rui Santos
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