Último classificado da 1.ª Divisão Distrital, sem vencer desde outubro do ano passado, o Famalicão tem vivido uma época difícil, da qual vem emergindo o talento de Matheus Chaves, artilheiro da equipa, que bisou no regresso do emblema de Anadia aos pontos no campeonato, diante do Mosteirô FC (3-3). O avançado recusa-se a atirar a toalha ao chão e espera continuar a sobressair para chamar a atenção de “clubes com maior expressão”.

O passado domingo marcou o regresso do jovem brasileiro, de 21 anos, aos relvados, depois de um mês de fora devido a lesão. “Senti que podia ter feito mais, mas acabei por fazer dois belos golos”, recorda, ambos a passe do compatriota Pablo.

“Pese embora a equipa não estar muito bem, tem sido uma época boa para me adaptar”, diz Matheus, que, apesar do cenário não ser dos mais animadores, mantém o foco na manutenção: “Acreditamos até ao último jogo e vamos consegui-la”.

O caminho para a alcançar terá de ser feito com vitórias, que fogem desde a 5.ª jornada. “Não sei explicar o porquê”, admite o brasileiro, que vê no plantel “muita qualidade”, mas também alguma inadaptação ao campeonato. “Todos são brasileiros, à exceção de dois ou três portugueses. É difícil para quem joga pela primeira vez a 1.ª Divisão Distrital”, explica.

Apesar disso, vê a equipa “começar a melhorar”. “Empatámos na última jornada e, se Deus quiser, vamos conseguir a vitória na próxima”, acrescenta, ele que tem como metas pessoais “chegar ao final da época com mais golos, ser o primeiro da lista dos artilheiros e ajudar o Famalicão a sair da zona em que está”.

O sonho seguinte será “chegar a um clube com maior expressão”, confessa o jovem, fã de Neymar, que chegou a Portugal, este ano, oriundo do Rio de Janeiro, de onde é natural. “O professor Oliveira é quase um pai para mim e ajudou-me muito. Trouxe-me para continuar a minha luta. Estou muito focado no futebol e quero continuar a melhorar”, remata.

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