O SC Beira-Mar teve cerca de 40 jogadores integrados no plantel de Sub-22 que acabou por conquistar a Liga de Prata do Campeonato de Esperanças, o que obrigou o treinador Fábio Barros a uma gestão de recursos que permitisse a rodagem competitiva dos seus atletas. No final do campeonato, o objetivo de manter os jovens em atividade foi cumprido.

Fábio Barros admite que a política do SC Beira-Mar acabou por “ser prejudicada pelo facto de ter uma equipa a competir num contexto nacional, numa prova que não teve retoma”, revelando que o clube se viu obrigado a “uma gestão de recurso” para poder ter jogadores Sub-18 e Sub-19 no mesmo plantel.

“A ideia era que a equipa Sub-18 alinhasse no Campeonato de Esperanças, mas como a prova nacional dos Sub-19 não regressou, tivemos de dar a oportunidade aos dois plantéis para competirem nos Sub-22. Cada equipa treinava com o seu treinador e, no fim de semana, chamávamos aos jogos atletas dos dois plantéis”, afirma.

Apesar dos treinos separados e da falta de rotinas entre jogadores de diferentes escalões, a equipa de Sub-22 terminou a Liga de Prata no primeiro lugar, pelo que Fábio Barros admite que nunca esteve “preocupado com o resultado ou com as dinâmicas da equipa, porque os jogadores nem treinavam juntos”.

“Perante o cenário competitivo, explicámos aos sub-19 que também era importante irem jogar nos Sub-22, porque já teriam algum ritmo competitivo caso a prova nacional regressasse. E, aos Sub-18, tivemos de explicar que eventualmente só seriam convocados 10 ou 11 jogadores para os jogos Sub-22. Tudo isso foi feito para evitar mal-entendidos”, explica.

“Sem querer menosprezar os adversários”, Fábio Barros considera que, por entre as dificuldades para poder dar a oportunidade aos seus jogadores de competirem, o percurso na Liga de Prata “acabou por ser um passeio”.

“A única derrota que tivemos foi quando os jogadores tiveram uma abordagem de facilitismo. Isso também demonstra que o nosso lugar deveria ser na Liga de Ouro”, defende.

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