A equipa técnica do Beira-Ria vinha pedindo a Fernando Araújo, apenas Fera no futsal devido a um videojogo, para arriscar mais no remate e, assim, poder festejar mais golos. O universal acedeu ao pedido e vem demonstrando uma veia goleadora assinalável, acompanhando a equipa num início de temporada tremendamente positivo no Campeonato Grande Hotel de Luso. A explicação? “A competitividade e a seriedade nos treinos. Isso faz toda a diferença”.

O jogador, de 25 anos, lembra que, relativamente à época passada, “o plantel é quase o mesmo e a equipa técnica também, mas o que diferencia é que estamos muito sérios, com muito compromisso e muita competitividade nos treinos”. Essa mudança ajuda a explicar o arranque promissor de uma equipa que conta por vitórias os três jogos entretanto disputados no campeonato.

Será o Beira-Ria um candidato? “É um bocado cedo para falar sobre isso, mas queremos ganhar os jogos todos que disputarmos”, garante Fera, que se tem evidenciado pela pontaria na hora de atirar à baliza adversária. “Sou um jogador mais de equilíbrio, mas tenho arriscado mais no remate”, culpa da insistência da equipa técnica, que o andava “a chatear para rematar mais à baliza”. “Depois, também estamos a produzir muitos lances de golo, o que facilita”, acrescenta, enquanto admite que “a sorte também tem batido à porta”.

Engenheiro industrial de profissão, Fernando mostra-se feliz por sentir “um prazer enorme” em ir treinar e jogar. “É o que me faz sentir bem após um dia de trabalho”, admite o universal, apelidado pelos amigos de Fera, alcunha que ganhou nos tempos de criança devido a um videojogo. “Havia um pokemon chamado Fera Aligator, que era o meu favorito. Como no gameboy só podíamos dar um nome até cinco letras ficou apenas Fera, até hoje. Até a minha noiva me trata por Fera”, conta.

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Jornal Correio da Feira