Fábio Pereira: "Não ponham em risco pessoas com mais debilidades"

Se, antes da chegada do novo coronavírus a Portugal, cada regresso a casa após um dia de trabalho era encarado com alívio por Fábio Pereira, hoje isso tornou-se numa preocupação. É que, mesmo com o país em estado de emergência, o capitão da AD Lamas Futsal nunca deixou de trabalhar. Em casa está a sua esposa, grávida, pelo que, “antes de ter qualquer contacto com ela, tenho de tirar a roupa e tomar banho”, conta o jogador.

Operário numa empresa de cortiça, Fábio faz a sua parte para evitar qualquer contágio. A lavagem das mãos é frequente ao longo do dia, para “não pôr em risco pessoas com mais debilidades, que podem sofrer mais drasticamente”. “Nós, que somos jovens, se calhar aguentamos bem com um vírus destes, mas podemos passá-lo aos nossos pais ou avós. As pessoas que se cuidem”, alerta, ele que admite um certo medo pela gravidez da esposa. “Temos de ter muito cuidado. Ela é uma pessoa de risco, mas tentamos levar a vida com a normalidade possível”.

Sem poder praticar futsal há mais de um mês, Fábio Pereira não esconde as saudades da modalidade, que se vão acumulando com o passar dos dias. “A primeira semaninha soube um bocadinho a festa, porque pensávamos que íamos voltar, mas quando nos começou a cair a ficha… Todos queríamos jogar, mas entendemos que o melhor para a saúde pública é parar”, diz.

Sobre a época, que terminou mais cedo do que o previsto, o fixo/ala, de 31 anos, confessa que “o grupo estava predisposto a lutar pela subida de divisão, apesar de não o ter assumido publicamente”, uma batalha que ficou a meio. “É verdade que não estávamos nos lugares de subida, mas sabemos do nosso valor e estávamos na luta. Acredito que a maior parte da equipa queira, na próxima temporada, acabar o que fez esta época”, remata.

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23 de Abril de 2020
Rui Santos
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