A pandemia da Covid-19 paralisou o mundo, e nem o desporto lhe escapou. Em Portugal, ainda se discutem possíveis formas de concluir a temporada no futebol profissional, mas, no restante, a Federação Portuguesa de Futebol e as associações distritais e regionais, entre as quais a de Aveiro, já deram por concluídas as provas por si organizadas, no futebol e no futsal.

Com a atividade física em pausa, sobra tempo para outro tipo de intervenções, que vinham sendo adiadas pela sobrecarga dos calendários competitivos. Foi isso que fez o CRECUS, clube de Albergaria-a-Velha, que milita na 2.ª Divisão Distrital. Com o pavilhão desimpedido há cerca de um mês, procedeu à recuperação do piso, uma intervenção que “já devia ter sido feita há uns anos”, admite o presidente do clube, Manuel Almeida.

Numa coletividade fortemente ligada às suas gentes, muitas atividades desenvolvidas pela comunidade local funcionam naquele espaço, para além do futsal, que conta com cinco escalões em atividade. Por isso, não havia muita margem temporal para que as obras pudessem arrancar.

“O piso estava bom, mas faltava manutenção”, refere o dirigente, que conseguiu reunir a verba necessária à empreitada e desenhou um plano de atuação, o qual, inicialmente, deveria ser implementado “durante a época”, estando mesmo estudada a “suspensão dos treinos durante uma semana”, enquanto decorressem os trabalhos.

A chegada em força do novo coronavírus ao nosso país acabou por se sobrepor a esse plano, e foi o pretexto para que as obras de melhoramento do piso tivessem arrancado logo no início do mês de abril. Foram quatro dias a “lixar, tapar fendas e colocar cera acrílica” no piso. No fundo, “colocámo-lo como novo”, salienta o presidente. Entretanto, o pavilhão de São João de Loure foi assaltado e vandalizado, nada que diminue a força e o entusiasmo dos responsáveis do clube, que continuam empenhados em fazer daquele um espaço para todos.

Fotografia
CRECUS