A Casa do Povo de Esgueira viveu um mês de fevereiro algo atribulado. Foi afastada da Taça de Aveiro e viu dois jogos do Campeonato Grande Hotel de Luso serem reagendados, o que obrigou a um ajustamento constante no planeamento, com consequências nos resultados obtidos. Este miniciclo fechou-se com um triunfo na Gafanha, jogo em que Carlitos voltou às exibições inspiradas.

O jovem ala é o melhor marcador da equipa, estatuto que reforçou com o ‘hat-trick’ completado na visita ao pavilhão do GD Gafanha. “Jogar lá é sempre difícil, apesar de, este ano, eles não terem a força de outros anos. Precisávamos dos pontos, tal como eles, que estão numa posição pior do que a nossa”, explica o jogador, enquanto ressalva a importância da partida. “Estávamos no 7.º lugar, com um jogo a menos, e, se perdêssemos, o Gafanha ficava próximo de nós. A coisa podia complicar-se”.

É que, para Carlitos, a Casa do Povo de Esgueira tem “equipa para ficar entre os cinco, seis primeiros” lugares do Campeonato Grande Hotel de Luso, apesar de a época, que até começou de forma promissora, ter tido alguns altos e baixos, entretanto.

As constantes baixas no plantel, “devido a lesões e castigos”, ajudam a explicar a irregularidade de resultados nas últimas jornadas. “Por exemplo, o nosso capitão, o Tomé, esteve na Alemanha e só volta no próximo jogo”, acrescenta Carlitos, que com o ‘hat-trick’ na Gafanha subiu à vice-liderança da tabela de goleadores do campeonato.

A ideia, claro está, é chegar ao topo, mas os nove golos de distância para Jota, da AD Travassô, vão exigir um grande esforço para o conseguir. “Ele já tem uma grande vantagem e está a fazer uma grande época”, lembra Carlitos, ciente de que será necessário “marcar em quase todos os jogos” para o apanhar. “Não é fácil, mas não é impossível”, remata.

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