O Cantinho da Rambóia, que compete nos campeonatos do futebol popular de Espinho, apurou-se para a 3.ª eliminatória da Taça PECOL, tendo afastado da prova, no último fim de semana, o SC Carqueijo (0-2), da 2.ª Divisão Distrital. Jorge Pinho, um goleador descoberto no futsal, voltou a fazer das suas, ele que, aos 23 anos, mantém o sonho de chegar longe no futebol. “Se surgir uma oportunidade, vou aproveitar”, garante.

A rouquidão na voz de Jorge Pinho era um reflexo da festa rija que a equipa do Cantinho da Rambóia fez após ter garantido a continuidade na Taça PECOL. “Viemos no autocarro a festejar. Chegámos um bocado tarde, porque a viagem foi um bocadinho longa, mas ainda fomos à sede do clube”, conta o jogador.

Para trás tinha ficado um “jogo difícil” na Mealhada, frente ao SC Carqueijo, “uma equipa agressiva e que gosta de pressionar”, que o emblema de Espinho soube contrariar. Aos 14 minutos, surgiu o 0-1, “um golaço” assim o classifica o seu autor, Jorge Pinho. “Foi um remate à entrada da área, de primeira. A bola entrou no ângulo superior da baliza. Foi um dos golos mais bonitos que já marquei, por ser na Taça de Aveiro e por termos passado a eliminatória”, explica o avançado, que sente que “o Cantinho está bem e pode fazer história” na competição.

“Temos bons jogadores e vamos o mais longe possível. Queremos mostrar que o (futebol) Popular também tem equipas boas, que sabem jogar à bola”, acrescenta o jogador, que já tinha bisado no jogo da primeira eliminatória, em que os espinhenses afastaram o GD Fajões (2-1), também da 2.ª Divisão Distrital de Aveiro. “Esta taça é importante para nós e estar nesta fase dá valor”, salienta.

Aos 23 anos, Jorge Pinho mantém o sonho de “ser jogador profissional”. “Ainda vou a tempo e não desisto dos meus sonhos. Sei que tenho muita qualidade para ser jogador de futebol. Faço tudo para ser um grande jogador, não falto a um treino”, diz o fã de Cristiano Ronaldo.

A pontaria afinada que sempre o acompanhou ao longo da carreira levou-o a trocar o futsal, modalidade que praticava há seis anos, pelo futebol, a meio da última temporada. “Era um goleador nato e propuseram-me ir para o futebol. Entrei no Cantinho, fiz 15 golos nos últimos 15 jogos da época passada e nunca mais me deixaram sair”. A marcar a este ritmo, percebe-se o porquê.

Equilíbrio pauta 2.ª eliminatória da Taça PECOL
A 2.ª eliminatória da Taça PECOL foi pautada pelo equilíbrio, com o resultado mais desnivelado a ser alcançado por ADC Sanguedo e GD São Roque, que venceram o GD Águas Boas e o GD Ronda, respetivamente, por 3-0.

Na Aguada de Cima, o GD Mealhada deu a volta à LAAC, na segunda parte, e venceu por 3-5, com Roberto Branco a bisar nos últimos 20 minutos do jogo.

CDC Macieira de Cambra e Romariz FC bateram, por 4-2, GD Milheiroense e UD Bustos, respetivamente, enquanto a AD Valonguense venceu a AD Argoncilhe, por 3-1.

O Relâmpago Nogueirense triunfou no reduto do RC Nogueirense por 0-2, resultado com o qual o GD Beira-Vouga bateu a ADRC Ribeira da Azenha, a UD Mourisquense derrotou o CD Arrifanense e o SC Vista Alegre ganhou à AA Macinhatense, num jogo em que João Tavares bisou num espaço de dois minutos.

Na única partida decidida nas grandes penalidades, o GD Gafanha SAD afastou o AC Cucujães, encontro que chegou ao final do tempo regulamentar empatado a duas bolas. Por fim, o SC Paivense beneficiou da falta de comparência da ADCF Santo André para seguir em frente na Taça PECOL.

Fotografia
Catarina Correia / Associação Cantinho da Rambóia Futebol Clube