Balanço do Campeonato Grande Hotel de Luso por João Tiago Araújo

Balanço
Devemos todos concordar que este não é o balanço mais fácil de se fazer do Campeonato Grande Hotel de Luso. A prova – como tantas outras – foi interrompida por uma nova realidade trazida para a nossa sociedade por um vírus que se espalhou pelo mundo e que afetou tudo o que nos rodeia, incluindo o desporto amador.

Na altura da interrupção, havia equipas em crescendo, outras nem tanto e algumas já estabilizadas. O exercício que se segue, até para não entrarmos muito num campo de futurologia, vai tentar ser independente das 9 jornadas que faltavam disputar. Não consigo prometer mais do que isso.

Os cinco primeiros
O FC Mozelos era líder isolado na altura da interrupção e, dada a qualidade individual do núcleo de 4 ou 5 jogadores mais importantes da equipa, posso arriscar dizer que, nas jornadas que restavam, dificilmente perderia um dos dois primeiros lugares. Vindos do segundo escalão, os comandados de Augusto Costa só tinham sofrido 3 derrotas e tinham um registo muito sólido em termos defensivos, sofrendo poucos golos por jogo.

Todavia, ao contrário da época anterior, em que o Bairros cedo se destacou dos demais, esta época o comboio da frente estava com as equipas mais juntas entre si. O Beira-Ria até foi quem mais jornadas ocupou a liderança, mas trocou de posto com o FC Mozelos no arranque da segunda volta, perdendo também o confronto direto para os mozelenses.

O Travassô, por sua vez, também estava a fazer uma excelente época, e só por uma semana esteve fora do pódio, que ocupava na altura da interrupção. A turma de Jorge Marques tinha ainda um registo imaculado em casa, com 9 vitórias em outros tantos jogos.

Juventude de Fiães e PARC fechavam os cinco primeiros. O conjunto fianense já estava mais consistente do que no início do campeonato, mas mesmo assim o mau arranque nunca possibilitou que tivesse estado dentro dos três primeiros. Já o Pindelo estava a fazer uma época que superava as expetativas iniciais e, não fosse o percurso irregular em casa e as derrotas caseiras contra equipas do fundo da tabela, até poderia ter acabado dentro do pódio.

Outros destaques
De entre as equipas que previsivelmente jogariam para o meio da tabela, acho que deve ser dado algum destaque à CP Esgueira – que ficou com um jogo a menos do que os adversários diretos. A equipa de Carlos Nascimento foi uma das que apresentou uma identidade mais vincada e soube ser competitiva contra todos os adversários, como o demonstra a vitória conseguida em Mozelos ou o empate em Fiães.

O Arrifanense, depois de um mau arranque, atravessava uma boa fase e estava a ameaçar entrar no grupo da frente, enquanto ARCA e ADREP tiveram prestações em tudo semelhantes ao longo do ano, com altos e baixos, mas quase sempre revelando alguma irregularidade exibicional.

Luta pela manutenção
Não sei se é justo incluir o CD Cucujães neste grupo, porque o plantel tinha qualidade para estar noutro patamar, mas os resultados da primeira volta deixaram a equipa agarrada à fuga pelos últimos lugares. A chegada dos reforços – em especial de Gazela – ia trazer muito mais pontos ao Couto, isso é praticamente certo.

Dentro deste grupo de equipas destaco o Arouca, que conciliava a experiência de Cerqueira com a irreverência e qualidade de jovens como Vicente, Rui Pereira ou Piri. Por fim, Barcouço, Gafanha e Telhadela estiveram praticamente toda a época entre os três últimos e, caso descesse alguma equipa aveirense do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão, dificilmente escapariam à despromoção. 

1 de Maio de 2020
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