Antevisão e análise à 1.ª Divisão Distrital por José Alexandre

A jornada
Chegados ao primeiro terço do campeonato, todos os pontos alcançados começam a ser importantes, agora que as fronteiras e os limites de quem quer subir e de quem vai lutar pela manutenção começam a ficar bem definidos. Pelo meio, há sempre espaços para algumas surpresas, umas positivas e outras nem tanto, porque, nesta altura, ainda são poucos os que só têm coisas negativas para apresentar.

O empate do Pinheirense no terreno do Mourisquense enquadra perfeitamente nesse terreno do ponto ganho que, à partida, não entrava nas contas, de forma teórica, do onze de Pinheiro da Bemposta, que tem no meu amigo João Casal um dos seus principais pontos de referência. A vitória do São Roque em Calvão marca também uma posição forte da equipa por Joca que, com estes três pontos, alcança um inesperado, pelo menos para mim, décimo lugar.

O destaque
Em termos positivos, gostaria de valorizar o percurso incrível de Paços de Brandão e de Valecambrense. Os primeiros porque foram ganhar, pela margem mínima, ao terreno do Macieirense, e isolaram-se no quinto lugar, a apenas quatro pontos dos lugares de subida. Os segundos porque, não só conseguiram uma goleada histórica fora de portas, 1-6 no terreno da ARCD Mosteirô, como também subiram ao sexto lugar, a um ponto do Paços de Brandão. Grande trabalho de Nélson Canana e dos seus rapazes!

Depois, queria dar uma palavra à direção do Macieirense e ao treinador José Carlos Borges. Sei bem, por experiência própria, que nem sempre as coisas correm como queremos e como preparamos ao longo da semana. E também sei, de novo por experiência própria, que a memória de quem manda é curta e, às vezes, comandada por interesses duvidosos. Daí que, ao mister, quero dizer que percebo o motivo pelo qual colocou o lugar à disposição. Os líderes têm que, no momento certo, abanar consciências, mandar um murro na mesa, tomar decisões difíceis. Essa foi, não tenho qualquer dúvida, uma delas.

Depois, à direção do Macieirense devo agradecer ter recusado. Não esqueço que, no ano passado, só desceram devido a terem “caído” cinco equipas do Campeonato de Portugal e que os pontos que fizeram deveriam ter sido mais do que suficientes para a manutenção. A qualidade do trabalho do mister tem de ser valorizada num todo. Espero, apenas, que o voto de confiança não seja só até ao próximo mau resultado, como é apanágio.

A antevisão
A receção do Paços de Brandão ao Mourisquense é, para mim, o destaque da semana. A formação da Mourisca do Vouga, para um candidato, fora de portas tem estado frágil, tendo apenas vencido por uma vez. Só que, estando a seis pontos dos lugares de subida, perdendo, o hiato tem tudo para aumentar. E o Paços de Brandão quer ter uma palavra a dizer. Motivado, não vai querer desperdiçar a oportunidade de se manter perto do lote dos primeiros.

Uma palavra, ainda, para a deslocação do Fermentelos a Mansores. Conhecendo o valor das duas equipas, sobretudo o valor dos onze prováveis, o líder vai ter um teste de fogo às suas capacidades. Para a equipa da casa, à imagem do Mourisquense, é um jogo que pode valer mais que três pontos.

6 de Dezembro de 2019
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