A promessa cumprida de Tiago Oliveira, o CR7 da ACRD Mosteirô

Pontual, empenhado e homem de palavra. Assim esforça-se por ser Tiago Oliveira, jovem avançado da ACRD Mosteirô, que ganhou a alcunha de CR7 pela dedicação com que prepara cada jogo. Quanto à credibilidade, a promessa paga à namorada no Dia da Mulher deu-lhe uns pontos extra.

Aos 21 anos, Tiago sabe que é no futebol que quer estar, mas nem sempre foi assim. Ao longo da adolescência, foi experimentando outras modalidades à procura de conforto. Andou pelo atletismo, praticou ténis, mas acabou rendido ao desporto-rei.

“Se pudesse voltar atrás, empenhava-me mais”, diz, melancólico, mas não resignado. “Agora, dificilmente dará para chegar ao topo, mas não deixa de ser objetivo”, atira, com o mesmo otimismo com que encarou o jogo com a AD Argoncilhe, determinante nas contas da ACRD Mosteirô pela manutenção na 1.ª Divisão Distrital.

E se a margem de erro era diminuta, mais apertada ficou quando, no minuto inicial, os visitantes se colocaram na frente do resultado. “Estava com receio, porque estamos lá em baixo, sem confiança, e sofrer um golo muito cedo podia fazer-nos baixar a cabeça”, admite o avançado, mas a resposta da equipa foi assertiva. “Cada um percebeu que, em casa, tínhamos de ganhar. Conversámos sobre isso e sabíamos que tínhamos de o conseguir”, o que veio a suceder com dois golos apontados por Tiago Oliveira, o artilheiro da equipa do concelho de Arouca.

“Tivemos uma reação incrível. Conseguimos marcar antes do intervalo e, perto do fim, tivemos a estrelinha da sorte, que também precisamos, para conseguirmos ganhar”, rememora, ele que não hesita em escolher o primeiro dos dois golos que apontou como o mais especial.

O segundo pode ter sido o da reviravolta, apontado perto do minuto 90 e valeu três importantes pontos à ACRD Mosteirô, mas o golo inaugural teve um simbolismo reforçado, já que era a sua palavra que estava em jogo. “Tinha prometido à minha namorada que ia marcar e dedicar-lhe o golo, porque o jogo foi no Dia da Mulher”, explica Tiago, feliz por ter cumprido a promessa.

No balneário, os colegas de equipa não deixaram passar o momento. “Eles sabem da minha qualidade e disseram-me que os golos iam aparecer, mais tarde ou mais cedo”, apesar de serem mordazes em algumas circunstâncias. “Às vezes, na brincadeira, dizem que eu preciso de dez oportunidades para marcar um golo. É a falta de confiança, também pelo momento de equipa. Andamos em desespero para conseguir pontos e isso não ajuda”, explica.

Em São Miguel do Mato, o avançado ganhou a alcunha de CR7 do Mosteirô. “Como costumo chegar cedo e vou para o ginásio eles chamam-me assim”, conta, pouco incomodado que o tratem pelo nome do seu ídolo. “Isso já é de mim. Quero sempre mais. Tento chegar sempre a horas e fazer o meu trabalhinho para andar sempre em forma”, acrescenta, antes de deixar um conselho aos companheiros para a atual pausa competitiva. “Como não vai haver treinos, cada um tem de ter a consciência de, em casa, manter a forma. Vamos ter de regressar na máxima força, porque precisamos de pontos para sair lá de baixo. Eu não quero descer”.

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17 de Março de 2020
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