A luta na Série D do Campeonato de Portugal Prio pelo apuramento para a fase de promoção aquece a cada jornada que passa. Entre o segundo e o sexto lugar, há apenas seis pontos de distância, o que é demonstrativo do equilíbrio da prova. No meio deste turbilhão está o Recreio de Águeda, que ganhou novo fôlego com o triunfo em Vildemoinhos, no domingo passado, por 2-1. Pedro Aparício abriu caminho ao triunfo, e fala numa esperança renovada para o que falta jogar da primeira metade do campeonato.

Após uma série de dois empates consecutivos, com Gafanha e Mortágua, o Recreio reentrou no caminho dos triunfos na casa de um dos candidatos à fase de subida, o Lusitano. “Esta vitória dá-nos muita confiança. Era um jogo muito importante, até porque não é fácil ganhar naquele terreno”, diz Pedro Aparício, que concilia a carreira de futebolista com o curso de Engenharia e Gestão Industrial, que frequenta na Universidade de Aveiro.

“A vitória em Vildemoinhos trouxe novas esperanças para o objetivo que nos foi proposto, que era um dos dois primeiros lugares”, acrescenta o médio, que recorda uma “primeira volta que nos deixou numa situação um pouco complicada”, pelo que, “agora, o pensamento é ir jogo a jogo e ver o que podemos fazer”.

Para Pedro Aparício, há duas razões fundamentais para esse início de época complicado. “Temos muitos jogadores que nunca tinham jogado juntos. É normal haver um período de adaptação. Terá sido uma questão de entrosamento. Depois, também tem-nos faltado um pouco de sorte”, explica.

Reforço do Recreio de Águeda para a atual temporada, proveniente do Gafanha, o médio salienta “as grandes condições” oferecidas pelo clube, importante para uma “ambientação fácil”.

O plantel, “forte e competitivo”, também ajudou, e dá garantias para uma reta final de primeira fase de categoria para os Galos do Botaréu: “Se trabalharmos cada vez mais, podemos fazer coisas melhores. Com a nossa qualidade, podemos vir a fazer melhor em breve”.

A nível pessoal, as coisas vão correndo bem a Pedro Aparício. Em Vildemoinhos, apontou o quarto golo da temporada, um registo interessante para qualquer médio. “Isso deixa-me satisfeito. Um dos objetivos em cada jogo passa por marcar e assistir. É algo que tento melhorar, porque sei que é importante para a equipa e para mim”, diz.

Aos 21 anos, continua a lutar por um sonho, o de “jogar num patamar superior”. “Ainda sou novo, e sei que é difícil dar esse salto. Estou satisfeito, mas nunca ao ponto de deixar de procurar e de tentar conseguir subir um patamar na minha carreira”, completa.

Sanjoanense e Gafanha líderes
A vitória em Vildemoinhos não só deixou o Recreio de Águeda mais perto da zona de apuramento para a fase de subida, como também permitiu a colagem do Anadia, que empatou a zero em Mortágua, ao Lusitano, na segunda posição.

No topo da Série D segue o Gafanha, que bateu a Académica/SF por 1-0, graças ao tento de Nadson à entrada do último quarto de hora da partida. Pelo mesmo resultado, o Pampilhosa saiu derrotado na casa do Nogueirense.

Quanto à Série C, continua a ser liderada pela Sanjoanense, que ganhou em Estarreja por 3-1. André Pereira adiantou os alvinegros, mas Belinha empatou ainda na primeira parte. Na etapa complementar, o conjunto de Flávio das Neves foi mais forte, tendo chegado à vitória graças aos golos de Rúben Neves e Fabrício.

Quem também venceu, mas pela margem mínima, foi a Oliveirense. Na receção ao Cinfães, um golo de Serginho, ao minuto 41, chegou para o conjunto de Oliveira de Azeméis somar os três pontos.

Sem vencer continua o Cesarense. Na complicada deslocação à casa do Salgueiros, segundo colocado da Série, a equipa comandada por Manuel Monteiro acabou derrotada por 1-0, marcou Camará em cima do intervalo.

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